“Tudo o que vem de cima pra baixo não funciona” afirma Zé Dambrós sobre a possibilidade de uma federação entre PSB e PT

Para o presidente do PSB caxiense a formação da aliança pode causar o encolhimento da sigla no Rio Grande do Sul

Instituída pelo Congresso na reforma eleitoral de 2021, a permissão para formação de federações partidárias serão uma novidade para as eleições de outubro. Na prática estas federações ocorrerão de forma semelhante as coligações, vedadas desde a eleição de 2018. No entanto, a partir da união de dois ou mais partidos em uma federação, esta deverá permanecer integrada por no mínimo quatro anos, diferente das coligações que valiam apenas durante o período eleitoral. Essa determinação implica diretamente nos Diretórios Municipais, já que as federações formadas este ano ainda estarão vigentes nas eleições de 2024.

O PSB está no meio desta discussão, já que existe a possibilidade do partido formar uma federação com PT, PCdoB e PV. Os principal fator que emperra a consolidação da aliança está na redução do número de candidatos, uma vez que a federação só podem apresentar um nome para as disputas majoritárias, e em estados como Rio Grande do Sul e São Paulo, tanto PSB quanto o PT já lançaram seus pré-candidatos, e parecem não estarem dispostos a recuar.

O vereador Zé Dambrós, presidente do PSB de Caxias, vê problemas nessa aproximação, em entrevista ao jornal Pioneiro desta quarta-feira (02) o parlamentar afirmou que “Tudo aquilo que vem de cima para baixo não funciona. Vamos ter muito problemas se sair em Caxias, pois dentro do partido tem muita resistência, vai sair muita gente… Somos um partido de centro-esquerda, não 100% de esquerda, sinto que estão preocupados em crescer lá em cima, não estão pensando no sul”.

O prazo final para a formação das federações encerra em 31 de maio.