O vereador destacou série de irregularidades que marcaram a atuação da empresa terceirizada
O anúncio da saída do Instituto de Gestão Humanização (IGH) da gerência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte foi a temática do vereador Alberto Meneguzzi/PSB, na sessão ordinária desta quinta-feira (14/05). O documento, assinado pela terceirizada, prevê o encerramento das atividades, na UPA, no próximo dia 12 de junho.
O parlamentar chamou a atenção que esse abandono ocorrerá no auge do inverno e em meio à pandemia da Covid-19. Divulgou que, desde agosto de 2017, quando a terceirizada iniciou os serviços, já recebeu cerca de R$ 50 milhões de recursos públicos. Ainda repercutiu denúncias de falta de transparência do instituto com os servidores. “Essa empresa nunca respeitou e nem foi transparente com os seus colaboradores”, frisou.
Meneguzzi resgatou irregularidades do IGH, diagnosticadas a partir de uma comissão de análise de prestação de contas da gestão compartilhada, realizada em março de 2019, ainda pela Administração anterior (2017-2019). Na época, a comissão identificou 17 mil horas extras sem justificativa, a não implantação de comissões de ética, enfermagem, médica, núcleo de segurança do paciente e controle de infecção, pagamentos indevidos de tarifas bancárias, etc.
O socialista indicou que o município precisa garantir os empregos dos servidores, pós o encerramento do contrato e buscar alternativas para manter o atendimento da UPA. Ainda cobrou um controle efetivo do poder público, na fiscalização de relatórios financeiros.
Na ótica do vereador Gustavo Toigo/PDT, a gestão da UPA Zona Norte, pelo IGH, sempre foi deficitária. Sugeriu ao Executivo que a Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS) assumisse a administração da UPA. De acordo com o pedetista, a FUCS, que já detém a gestão do Hospital Geral (HG), possui recursos humanos e operacionais para atender às demandas.
A vereadora Denise Pessôa/PT pontuou que essa é uma oportunidade para o governo municipal repensar o modelo de gestão terceirizada, o que, segundo a petista, não funciona. Ela destacou que o poder público poderia utilizar o seu quadro de servidores, para suprir a necessidade das UPAs.
Fonte: Imprensa Câmara Caxias do Sul
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